sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Uma marca inesquecível em Portugal

Posted by Revista Presença Lusitana | sexta-feira, 5 de novembro de 2010 | Category: |

Existem feitos, personagens, datas, circunstâncias em todos os países, regiões no mundo que não podem ser esquecidas, que por sua mesma importância merecem que estejam presentes na história do país e nas lembranças do povo.

A 1 de Novembro de 1755  notavelmente o Dia de Todos os Santos era recebido com ânimos e boas vontades, as missas iam correr como cada ano, a gente faria o acostumado segundo o catolicismo imperante em Portugal; mas na verdade não foi como qualquer outro dia nos seus bairros portugueses, esse dia a terra fez seus caprichos pela hora matutina, nove e quarenta da manhã um terrível terramoto de nove graus Richter  devastou a cidade, vários monumentos históricos, as igrejas, casas desmoronadas toda uma tragédia de enormes alcances. Se tivesse acontecido mais tarde à hora da missa de Todos os Santos, os efeitos teriam sido incomensuráveis.

Dizer o cálculo exacto do número de mortos não foi trabalho fácil e mais quando as forças do mal, ou os próprios ditados de Deus fizeram piorar a situação. Se pensaram que um terramoto de mais de 9 graus ao longe da zona da fractura Gibraltar-Açores, era muito, chegou uma tsunami jamais pensada aproximadamente 40 minutos depois. Com quedas das ondas de mais ou menos 30 metros, tudo isto sob a já coitada Lisboa.

Conforme passaram as horas o número de cadáveres iam em aumento; no momento da catástrofe ia piorando pois por causa dos ventos começou a manifestar-se o grande poder dos incêndios que vinham de todos lados. A cidade lisboeta ficou em parte arrasada pelo sismo e ainda mais devastada pelo fogo que durou quatro dias, arderam monumentos que ainda estavam em pé, hospitais como o Hospital Real de Todos os Santos (o maior hospital público da época) foi destruído pelo fogo donde muitos pacientes não puderam sair e morreram feitos carvão.

Parece que a Providência castigou Portugal, mas noutros lugares do mundo  sentiram-se também os efeitos do terramoto e os tsunamis: na Espanha, no resto da Europa, no norte da África, nas ilhas nas Caraíbas chegou a propagação do sismo até; abundantes danos houve em Marrocos e na Argélia que foram muito afectados, a cidade de Argel foi destruída por completo, em Marrocos 10,000 pessoas morreram.

Como manter a ordem na cidade de Lisboa quando o pânico se apoderou da povoação, por mais incrível que se pense o rei não morreu embora o Palácio Real que fica ao lado do rio Tejo fora destruído por causa do tsunami e o fogo pois ele e a sua família saíram da cidade para celebrar o dia de Todos os Santos  de uma maneira diferente.

Os arquivos como testemunhas do sucesso existem, mais como naquela época ainda não existiam forma de conhecer formalmente a intensidade da Catástrofe foi depois que a ciência avançou e por meio de experimentos pôde conhecer-se os dados certeiros; também por causa do Marquês de Pombal que registou com notável precisão o acontecido e fez a reconstrução da desgraçada Lisboa.

Verdadeiramente a tragédia apropriou-se de Portugal por isso 1 de Novembro de 1755 é uma data que marcou e direccionou o rumo desta Nação.

Dánia Rodríguez González.

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