sexta-feira, 5 de novembro de 2010
A República de Cabo Verde
Posted by Revista Presença Lusitana | sexta-feira, 5 de novembro de 2010 | Category:
LUSOFONIA [4]
|
Pouco sabe-se da existência de alguns países, a República de Cabo Verde podia ser um exemplo disto; Cabo Verde é um conjunto de dez ilhas vulcânicas e cinco ilhotas que se encontram no Oceano Atlântico, frente às costas do Senegal e têm uma superfície de pouco mais de 4000 quilómetros quadrados; as ilhas estão divididas em dois grupos: Barlovento (Boa Vista, Sal, Santo Antão, São Nicolau, São Vicente e Santa Luzia) e Sotavento (Fogo, Brava, Maio, Santiago). Algumas pessoas costumam dizer que a ilha mais africana é Santiago e que a mais europeia é São Vicente mas o que é verdade é que todas têm parte da nostalgia e dos ritmos caboverdianos. Este país forma parte da Comunidade de Países de Língua Portuguesa mas cada ilha tem a sua própria modalidade dialéctica o que quer dizer que a língua popular é o crioulo caboverdiano.
Cabo Verde tem um clima saariano, é um país com muito calor onde as chuvas são escassas, a temperatura média é de 24ºC o que quer dizer que estas ilhas bem podiam ser parte de um paraíso turístico pouco explorado, descoberto no século XV pelos portugueses que colonizaram para as converter em um centro de trata de escravos até que se independizaram em 1975.
A história de Cabo Verde não foi fácil, na época colonial tratava-se só de um lugar no mundo onde os colonos iam deixar escravos, a sua principal actividade era a agricultura mas o clima não era favorável para esta e o chão fértil acabou-se o que obrigou muitos caboverdianos a emigrarem para países como a Guiné-Bissau, Angola, Moçambique, o Senegal, o Brasil e os Estados Unidos.
Desde sempre Cabo Verde teve uma forte relação com a Guiné-Bissau tanto que criaram juntas, estas duas nações, um partido único para se independizarem; o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) cujo fundador foi o Amílcar Cabral, em 1974 caiu o regime colonial e em 1975 proclamou-se a independência, onde por primeira vez um só partido governou dois países mas com diferentes presidentes.
Após a independência Cabo Verde tentou desenvolver-se aos poucos mas o clima não permitiu que o crescimento fosse tão rápido. A situação política e social de países vizinhos como Angola e alguns problemas com o presidente da Guiné provocaram desunificação do partido, mudando o nome em 1981 para Partido Africano para a Independência de Cabo Verde (PAICV).
Este pequeno país continuou com dificuldades, secas constantes que não permitiam cultivar; Cabo Verde só tem o 10% de terra fértil, é pobre em recursos naturais, dependente da comida importada, tem uma dívida externa enorme, altos índices de desemprego e afinal todos esses factores evitaram que o plano de desenvolvimento fosse possível, pois para poder seguir em frente o governo teve de arranjar ajuda doutros países.
A cultura caboverdiana é uma mistura entre elementos europeus e africanos, é um país muito conhecido pela diversidade de música que oferece, até tem o seu próprio género musical: a morna; Cesária Évora é a cantora caboverdiana mais conhecida internacionalmente.
Os caboverdianos utilizam o termo “Crioulo” para falar sobre a gente que mora lá, a língua que usam e a sua cultura. A literatura caboverdiana é muito rica, os escritores mais conhecidos são Baltasar Lopes da Silva, Jorge Barbosa, Manuel Lopes, António Aurélio Gonçálves, Jaime Figueiredo, Henrique Teixeira de Sousa e João Lopes, todos eles escritores da revista Claridade.
O lema de Cabo Verde é Unidade, Trabalho, Progresso e além de que a situação de um país que teve a sua independência há apenas poucos anos é mesmo difícil, os caboverdianos têm espírito de luta.
Cabo Verde tem um clima saariano, é um país com muito calor onde as chuvas são escassas, a temperatura média é de 24ºC o que quer dizer que estas ilhas bem podiam ser parte de um paraíso turístico pouco explorado, descoberto no século XV pelos portugueses que colonizaram para as converter em um centro de trata de escravos até que se independizaram em 1975.
A história de Cabo Verde não foi fácil, na época colonial tratava-se só de um lugar no mundo onde os colonos iam deixar escravos, a sua principal actividade era a agricultura mas o clima não era favorável para esta e o chão fértil acabou-se o que obrigou muitos caboverdianos a emigrarem para países como a Guiné-Bissau, Angola, Moçambique, o Senegal, o Brasil e os Estados Unidos.
Desde sempre Cabo Verde teve uma forte relação com a Guiné-Bissau tanto que criaram juntas, estas duas nações, um partido único para se independizarem; o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) cujo fundador foi o Amílcar Cabral, em 1974 caiu o regime colonial e em 1975 proclamou-se a independência, onde por primeira vez um só partido governou dois países mas com diferentes presidentes.
Após a independência Cabo Verde tentou desenvolver-se aos poucos mas o clima não permitiu que o crescimento fosse tão rápido. A situação política e social de países vizinhos como Angola e alguns problemas com o presidente da Guiné provocaram desunificação do partido, mudando o nome em 1981 para Partido Africano para a Independência de Cabo Verde (PAICV).
Este pequeno país continuou com dificuldades, secas constantes que não permitiam cultivar; Cabo Verde só tem o 10% de terra fértil, é pobre em recursos naturais, dependente da comida importada, tem uma dívida externa enorme, altos índices de desemprego e afinal todos esses factores evitaram que o plano de desenvolvimento fosse possível, pois para poder seguir em frente o governo teve de arranjar ajuda doutros países.
Os caboverdianos utilizam o termo “Crioulo” para falar sobre a gente que mora lá, a língua que usam e a sua cultura. A literatura caboverdiana é muito rica, os escritores mais conhecidos são Baltasar Lopes da Silva, Jorge Barbosa, Manuel Lopes, António Aurélio Gonçálves, Jaime Figueiredo, Henrique Teixeira de Sousa e João Lopes, todos eles escritores da revista Claridade.
O lema de Cabo Verde é Unidade, Trabalho, Progresso e além de que a situação de um país que teve a sua independência há apenas poucos anos é mesmo difícil, os caboverdianos têm espírito de luta.
Enrique.Tristán.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Currently have 0 comentários: