segunda-feira, 16 de maio de 2011

A linguaguem corporal dos jovens do Brasil

Posted by Revista Presença Lusitana | segunda-feira, 16 de maio de 2011 | Category: | 1 comentários


por Alejandro Torres

Desde o início da história humana, houve muitas formas de comunicação, por exemplo, o homem primitivo, inicialmente comunicava-se por meio de pinturas ruspestres, porém, com a evolução do homem, os meios de comunicação, tinham que se adaptar, de modo que se passou à comunicação gráfica, corporal, oral e comunicação escrita. No México, a linguagem corporal, tem sido por muito tempo, um complemeto fundamental para o processo de comunicação entre as pessoas, de facto, o uso de sinais e movimentos do corpo, servem como um reforço, para expressar ideias e sentimentos, para que a mensagem seja mais clara para o receptor. Por exemplo, no México, o linguagem corporal, não apenas serve para expressar ideias em certas situações, de modo que também é usada para o insulto, e isso é uma parte importante da cultura popular de todas as pessoas.

Nesse sentido, a linguagem corporal, actualmente começa a ter uma grande importância e uso entre os jovens de todo o mundo, já que ajuda a facilitar as formas pelas quais se relacionam e interagem. Por conseguinte, foram criados, sinais como expressões faciais e movimentos das mãos para expressar uma ideia ou sentimento, especificamente em determinadas situações. É por isso que, recentemente, o Brasil, foi nomeado na Internet, como o povo, com linguagem corporal, mais alegre, interessante, original e invejável a nível mundial, já que os jovens de São Paulo, criaram uma linguagem corporal, a partir de sinais e expressões faciais, que são utilizadas não apenas como um reforço de uma ideia, se não, como, a ideia particular. Assim, os jovens de São Paulo, a partir destes sinais, alcançam a transmitir ideias e sentimentos como alegria, raiva, desejo, etc., como se pode olhar, nas imagens.


De esquerda a direita:
1.Você é idiota?
Colocar um punho na testa e mostrar os dentes superiores, significa que pessoa que recebe gesto é um idiota.
2.Fudeu!
Sim, surpreendentemente, esta saudação vai em ambas as direções.
3.Vai um cafezinho?
A pose da mão, pode significar uma de várias coisas vamos para o café, ou vamos fazer uma pipa, todas as coisas boas. O gesto também pode significar algo abstrato, como "Hey, por que não deixar para amanhã o que você pode fazer hoje." Brasil é tudo um hobby.

Finalmente, é importante considerar plenamente funcional no processo de comunicação, linguagem corporal, não apenas como simples reforço de uma ideia, como vem fazendo há muito tempo no México e em muitos outros países, se não como comunicar essa idéia, mas só a partir da utilização de sinais e gestos, em vez de um processo de comunicação único e simples, que servem como no caso específico dos jovens de São Paulo como um processo complexo de comunicação físico que facilita a maneira em que se estabelecem novas relações e novas formas de interação. Portanto aqui no México, e embora tenhamos muitos sinais e gestos semelhantes com os do Brasil, nós poderíamos fazer como eles e levar toda a linguagem do corpo, que como ja disse é parte da cultura popular a novos e melhores mecanismos de comunicação e interação entre as novas gerações de jovens do México e do mundo.

De esquerda a direita:
1.Saco cheio
Deixa de foder, e da-me a mão.
2.Banana
Os brasileiros usam para dizer "Pare de andar".
3.Dor de cotovelo
Ficar com inveja.

domingo, 15 de maio de 2011

O SIGNIFICADO DETERMINANTE DA LITERATURA EM ANGOLA

Posted by Revista Presença Lusitana | domingo, 15 de maio de 2011 | Category: | 0 comentários


por Adrião Román López

“O oceano separou-me de mim
enquanto me fui esquecendo nos séculos
e eis-me presente
reunindo em mim o espaço
condensando o tempo
na minha história existe o paradoxo do homem disperso”
ANTÓNIO AGOSTINHO NETO


A literatura tem grande importância em todo o mundo já que combina tradições, culturas, os conflitos entre o mundo rural e ao mesmo tempo seu subsequente refúgio na fantasia, a busca duma nova identidade de luta pelos ideais e a liberdade de expressão, o último com um grande peso particularmente em Angola devido em grande parte à mesma conformação desta nação que nasceu a partir do tráfego de escravos, assim como também da mesma forma, a luta pela independência formada a partir de três diferentes movimentos:

• O Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) com uma base entre inteligência kimbundu e mestiça de Luanda e os laços com os partidos comunistas de Portugal e os países do Pacto de Varsóvia.
• O Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), uma região com base étnica bakongo no norte e links com o governo dos Estados Unidos, o regime de Mobutu Sese Seko do Zaire e a apartheidista do governo da África do Sul, entre outros.
• A União Nacional para a Independência Total de Angola ( UNITA), liderado por Jonas Malheiro Savimbi com base étnica e regional no coração dos Ovimbundos, no centro do país.

Depois de uma guerra de guerrilha pró-independência para 14 anos, que começou em 4 de fevereiro de 1961, e após a Revolução dos Cravos em Portugal, Angola alcançou a independência em 1975.

Entre os autores angolanos contemporâneos encontram-se:

ANTÓNIO AGOSTINHO NETO: O primeiro presidente de Angola e secretário-geral do MPLA, fez parte de um movimento que procurava reviver a tradicional cultura angolana, além disso, ele é o autor de poemas que exaltam a cultura angolana e também participou nos diversos movimentos nacionalistas angolanos. A sua oposição ao colonialismo português e à repressão militar fez com que ele tivesse sido condenado à prisão numa ocasião.

JOSÉ LUANDINO VIEIRA: Nome artístico de José Vieira Mateus da Graça é um escritor angolano nascido em Portugal. Ele adquiriu a nacionalidade angolana para lutar ao lado do MPLA contra o domínio português na colónia e por ter contribuído para a criação da República Popular de Angola. Também esteve em prisão um par de ocasiões.


ARTUR CARLOS MAURÍCIO PESTANA DOS SANTOS (PEPETELA): A sua obra reflete sobre a história contemporânea de Angola e os problemas que afrontaram pela política da sociedade. Durante a longa guerra, lutou junto com o MPLA a libertação da sua pátria. O seu romance, Mayombe, retrata a vida e os pensamentos de um grupo de guerrilheiros durante essa guerra. Yaka segue a vida de uma família colonial na cidade de Benguela para ao cumprimento do século, e A geração da utopia mostra o existente em Angola depois de desilusão de independência.

VIRIATO CLEMENTE DA CRUZ: Poeta e político angolano. É considerado um dos mais importantes poetas do seu tempo em Angola. Como político, ele participou na luta para libertar Angola dos portugueses. Na década de 1960, ele ajudou a criar o MPLA.

A Literatura de Angola muitas vezes tem uma sensação de prejuízo e dor causada pelo sofrimento causado seja pela morte de seres queridos, da exclusão social, a escravidão, ou qualquer outro motivo que for, no final é um reflexo de todos os tipos de problemas que confrontam esta nação através do tempo para conseguir a sua conformação.

A música da Guiné-Bissau

Posted by Revista Presença Lusitana | | Category: | 0 comentários


por JUAN CARLOS PULIDO LUNA

A música constitui uma revelação mais alta que nenhuma filosofia.
Ludwig Van Beethoven

Antes de começarmos com este tópico, devemos perguntar-nos:

O que é a música?

A música é, segundo a definição tradicional do termo, a arte de organizar sensível e logicamente uma combinação coerente de sons e silêncios utilizando os princípios fundamentais da melodia, a harmonia e o ritmo, mediante a intervenção de complexos processos psico-anímicos.

A música, como toda manifestação artística, é um produto cultural. O fim desta arte é suscitar uma experiência estética no ouvinte e expressar sentimentos, circunstâncias, pensamentos ou ideias. A música é um estímulo que afecta o campo perceptivo do indivíduo; assim, o fluxo sonoro pode cumprir com variadas funções (entretenimento, comunicação, ambientação, etc.).

A organização coerente de sons e silêncios (segundo uma forma de percepção) dá-nos os parámetros fundamentais da música, que são a melodia, a harmonia e o ritmo. A maneira na que se definem e aplicam estes princípios, variam de uma cultura a outra (também há variações temporárias).

A história da música na África é tão variada como as etnias que a habitam. No entanto, há características fundamentais que se dão em todos os povos, pois todos acompanham os factos importantes e ainda os quotidianos de sua vida com música e canções, fazem da voz o instrumento primordial e acesível a todos e finalmente, reverencia o papel social, pedagógico e místico que os músicos representam.


Graças a gerações de músicos, poetas, Griots e homens comuns foi que a história de África permaneceu viva e latente na memória , para se fazer presente à cada filho da África a cada vez que o presente precisa do passado para se interpretar e se recriar a se mesmo…

Agora, como é a música na Guine-Bissau?

Pertence pelo geral ao gumbe, género musical de natureza polirrítmica, o qual é a exportação musical mais relevante.

No entanto, a instabilidade da sociedade e o relativamente pequeno desenvolvimento do mesmo fizeram com que o gumbe e outros géneros associados não tenham conseguido trascender as fronteiras e chegar às grandes audiências.

A calabash é o instrumento musical mais popular na Guiné-Bissau, constrói-se utilizando o fruto seco do porongo, usa-se para criar música com complexas características rítmicas.

É um instrumento de percussão de África, consistente numa abóbora secada com contas tecidas numa rede que a recobre. Em todas partes do continente chamam-no de coisas diferentes, como o lilolo, axatse (na Ghana), e chequere. Costuma utilizar-se muito na música hausa na Nigéria. O shekere está feito das pequenas cabaças que crescem sobre a terra.

As letras das canções são pelo geral em crioulo caboverdiano. São comuns canções com conteúdo humorístico ou sobre determinadas temáticas, relacionadas com eventos quotidianos ou controvertidos, especialmente a SIDA.

A palavra gumbe às vezes utiliza-se em forma genérica, para referir-se a todo tipo de música autóctona, apesar de que em realidade se refere a um estilo específico que é a fusão de numerosas tradições de música folclórica do país.

Outros géneros musicais populares são o tina e o tinga, enquanto entre as tradições folclóricas mais difundidas encontram-se, música ceremonial utilizada em funerais, ritos de iniciación e outros rituales, como também o brosca e kussundé Balanta, o djambadon da etnia Mandinga e o ritmo kundere das ilhas Bijagós.

A forma da abóbora determina o som do instrumento. Um shekere faz-se secando-a durante vários meses, então tiram a pulpa e as sementes. Após que é fregado, o trabalho das contas são acrescentadas, bem como a cor. O instrumento é usado tradicionalmente, ainda que também se utiliza para a música popular. Quando se toca é sacudido e/ou batido com as mãos.


Alguns dos artistas mas importantes e conhecidos do país são:

Atanásio Silva Correia
Azy Monteiro
Bubacar Djamanca
Dembo Djassi
Dulce Neves
Fernando Fafé
José Carlos Gomes da Silva
Juju Delgado
Lajosa Freeman
Otonito Costa
Pascoal Fada
Simão Félix
Tabanca Djazz
Tino Trimó
Zé Carlos
Zé Manel

Se desejarem saber um pouco mais da música deste país podem aceder ao seguinte vídeo de Youtube e à seguintes paginas onde se transmite rádio com música gumbe:

http://www.youtube.com/watch?v=Db5oJgQWFqs
http://www.gumbe.com/
http://www.afrowave.com/

Definitivamente a música é muito importante, para muita gente é quase uma forma de vida, mas para um determinado país ou nação é uma forma de dar-se a conhecer ao mundo já que a música dá a conhecer diversos aspectos da cultura, costumes, tradições, etc.

Sem lugar a dúvidas a música africana é muito característica pelos ritmos e instrumentos utilizados, muitas vezes não temos o tempo ou a curiosidade de escutar algo desconhecido para nós e considero que escutando musica de outros países abriremos a porta a muitas ideologias novas e por que não? Tomar-lhe-emos o gosto.
Assim que agora a desfrutarem a música africana e a música de Guine-Bissau!

Sem música a vida seria um erro.
Friedrich Nietzsche




Imagens:
http://mbsmusicos.com/files/2010/07/africa.jpg
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/21/Shekere.jpg
http://images.amazon.com/images/P/B000024HK0.01.LZZZZZZZ.jpg

Promoção da cultura em Moçambique

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por Diana Belén Rodríguez Hernández

O sentimento de Ser Moçambicano.

O que é cultura?

Cultura é a forma de ser de um povo, com as suas raízes na história e influenciada por muitos factores. Podemos dizer que a cultura segundo Edward Burnertt Tylor consiste em todas as crenças e comportamentos que as pessoas têm, não como herança biológica, senão por ficarem dentro duma sociedade submersa numa tradição cultural específica; quer dizer, aprendem da sua cultura.

A cultura é transmitida também pela observação, as crianças prestam atenção às coisas que estão acontecendo ao redor e mudam o seu comportamento, não por seguirem os outros, mas sim como resultado de suas próprias observações.

Assim, cada individuo é determinado e marcado desde cedo tanto nos traços físicos como nos emocionais e mentais por esta “forma de ser”. Ao mesmo tempo que recebe esta carga cultural que o modela, ele próprio torna-se o agente continuador dela. A cultura é algo em permanente construção, através de um contínuo processo de inovação e integração cultural.

Ora bem, soubemos que o homem viajou entrando em contacto com outros povos os quais tiveram influência nele e ele nos povos, tomando costumes diferentes que hoje são mostradas por meios de comunicação de massa, e são estes últimos que trazem outras formas ou representações que vão enraizando-se na realidade de Moçambique mas, como é que isto afecta a cultura?

A aculturação é um conjunto de fenómenos resultantes do contacto direto e contínuo entre grupos de indivíduos de diferentes culturas para induzir mudanças nos modelos e é portanto um risco real ao que estamos expostas todas as culturas, um exemplo claro é o Hip Hop da América, acho que é impossível ouvir rádio hoje em dia em qualquer parte do mundo sem que se passe esta música dos EUA, por esta razão é que acredito numa “americanização” dos jovens.

Dar passos no sentido da preservação de valores, estimar todas suas áreas culturais, estimular os espaços que têm sentido cultural para os meninos, ter presente que existen muitíssimas culturas dentro de Moçambique, são algumas das coisas que pode fazer o povo Moçambicano para a preservação da sua cultura porque um país depende em maior parte da sua cultura, um país sem cultura não pode ficar vivo, porque não tem o respaldo necessário para ser tão forte e não deixar que culturas populares o invadam.

Uma Nação, não pode mudar sua cultura, por causa da moda doutra nação.
Para promover a cultura é necessário os moçambicanos usarem a sua criatividade que os carateriza como povo para fazerem um frente contra a globalização cultural, oferecendo ao mundo a riqueza cultural que Moçambique possui.

Moçambique, a semelhança da maioria dos países africanos é um produto de europeus; a questão da identidade nacional assume aqui um papel de relevante importância, dado que muitos países tem graves problemas de coesão nacional, dada a diversidade dos seus povos, culturas, religiões e línguas nacionais.

A nível cultural, Moçambique oferece muita variação que vão desde a pintura, escultura, música até as danças tradicionais, teatro, desporto, literatura, etc.



Na literatura podemos falar nomeadamente de José Craveirinha, Mia Couto, Noémia De Sousa e Sebastião Alba.

Na pintura faz-se representar mundialmente por Malangatana, Idasse, Bertina, Dana e Naguib.

Na escultura temos o já falecido Alberto Chissano e Chikane entre outros.

Na música tradicional existe entre outros o famoso grupo Timbilas de Zavala. As danças tradicionais também fazem parte da cultura, a makuaela, mapico, marrabenta, semangemange são algumas deças danças.

Em Portugal também se valora a cultura de Moçambique existe o Centro Cultural Luso Moçambicano, criado em finais de 2004, este centro ajuda a "divulgar a cultura moçambicana e africana na Europa, através de Portugal, privilegiando a língua portuguesa".

O centro cultural tem como objectivos:

• Desenvolver actividades culturais, em geral, (privilegiando as artes plásticas, literatura de língua portuguesa de países africanos, música, teatro, cinema, actividades desportivas) e intercâmbio cultural luso-moçambicano em parceria com autarquias, empresas e universidades.
• Identificação e acompanhamento a cidadãos moçambicanos com problemas (por exemplo: hospitalizados, reclusos, com sinais de pobreza,...).
• Apoio educativo, jurídico e informativo aos moçambicanos residentes em Portugal.
• Intercâmbio cultural e artístico entre Portugal e Moçambique.
• Divulgação de empresas portuguesas que operam em Moçambique.
• Divulgação de empresas, escolas e universidades de Moçambique.
• Divulgação da cultura africana, em geral, e moçambicana, em particular em Portugal.
• Divulgação da cultura portuguesa em Moçambique.
• Organização de eventos culturais e actividades sociais moçambicanas.
• Promoção das artes cénicas, musicais e outras iniciativas moçambicanas.
• Conferências, seminários e acções de formação.
• Auxílio médico e medicamentoso a moçambicanos em Moçambique e em Portugal.

A cultura de um povo forma-se através de um longo processo histórico no qual vão sendo integradas outras culturas, vivências, saberes, etc., com base neste pressuposto, podemos afirmar que o pior que poderia fazer a cultura moçambicana é amputar parte da sua imensa riqueza cultural, em vez de se enriquecerem, torna-se mais pobre .

E preciso valorizar Moçambique e a sua cultura pois só dessa forma se pode valorizar o sentimento de Ser Moçambicano.


Ligas:

A Cultura de Moçambique
http://www.lusoafrica.net/v2/index.php?option=com_content&view=article&id=115&Itemid=137

Centro cultural luso moçambicano
http://cclm.liviodemorais.com/quemsomos.php

Povos de Moçambique
http://www.malhanga.com/maputo/conteudo/povos_mocambique.html

Cultura Moçambicana: links
http://www.mol.co.mz/cultura/index.html

Imagens:
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5x0CsZbTwepYo6IoY3WJO1yN8vmVnaGuhokeQ7_yTlefmuJO_V__dMEgWaLhWw2bArItGnVBP-MYu9BNTuyeH-QJBGIvx037XGu5FXTvXeLw45TyxrUCGS5rv4Z9APeV8jGqi7P6FHUEW/s1600/sami02.JPG
http://blogdotony.com.br/2010/10/02/aculturacao-resumo-de-pesquisa-significado/

terça-feira, 10 de maio de 2011

Pelas sonoridades musicais das ilhas do paraíso

Posted by Revista Presença Lusitana | terça-feira, 10 de maio de 2011 | Category: | 0 comentários


por Verónica Velasco Betancourt

As ilhas chocolate, as ilhas do sonho, a jóia da África, quer decir, a República Democrática de São Tomé e Príncipe é uma ilha estado que é composta pela ilha principal São Tomé, a ilha de Príncipe situada no norte e algumas pequenas ilhas rochosas desabitadas. A ilha São Tomé, com a capital do mesmo nome, fica situada no Atlântico na frente da África Ocidental exactamente na linha do Equador. Seus habitantes são na sua maioria africanos de origem bantú mas estão misturados com algumas outras etnias, principalmente com as moçambicanas, angolanas e caboverdianas. O português é o idioma oficial mas também é falado o crioulo que resulta duma mistura entre o português e as línguas africanas, além do angolar, o tonga e o monco que são línguas locais. A pesar da sua origem miscigenada, a populaçao é caracterizada como um povo pacífico, cortês e muito hospitaleiro.

Os aspectos marcantes destas belas ilhas podem ser observados nas suas pinturas, na sua arquitectura, gastronomia, danças, teatro e no quotidiano da população onde a fé cristã está omnipresente na cultura do povo através da veneração de santos padroeiros das diversas igrejas e ermidas existentes no arquipélago. E é precisamente por toda esta mistura que as ilhas têm uma riqueza da diversidade cultural formidável. Até este ponto tudo parece maravilhoso, não é? Mas, que seria dum povo sem música?

A música tradicional das ilhas de São Tomé e Príncipe

As expressões de índole musical como os sons africanos misturam-se com os instrumentos europeus e latinos traduzindo-se numa mestiçagem tal como se verifica com o povo. Desta conjugação sobressaem vários estilos musicais como a rumba, a ussua, o socopé, a dexa, a puita e muitos outros. E como no continente africano, a dança faz parte integrante da cultura são-tomense. Ao longo do ano, as danças animam as festas, os rituais e as manifestações. Os costumes, os cantos, as saudações marcam a originalidade de cada dança. A socopé, por exemplo, é uma dança de origem africana com ritmo síncope, muita sensualidade e com uma orquestra africana. Os textos criticam os acontecimientos nas comunidades. Etimologicamente é uma dança que se faz só com os pés, nascida no Brasil no fim do século XVII.

Por outro lado, a dança puita e a semba designam a mesma dança. A semba foi introduzida pelos angolanos. Ela deriva do caduque que era dançado em Luanda. A diferença é que a semba não venera os mortos como o caduque. Seu nome provem de um instrumento de música, uma flauta em bambú denominada puita. Esta dança foi proibida na época colonial pelo seu carácter erótico, nela o tambor avança de forma frenética, obsessiva e sensual, onde homens e mulheres fazem entrechocar os corpos de forma sexualmente explícita. Nesta dança venera-se os defuntos. A tradição diz que no trigésimo dia depois da morte do defunto, uma festa deve ser organizada em sua honra pela sua saúde no outro mundo: come-se, bebe-se e dança-se. Ao amanhecer uma missa em honra do defunto põe fim à festa. Mas a puita é tocada em muitas outras ocasiões, sendo uma das formas de música mais populares em São Tomé.


A música de hoje em terras são-tomenses

Com exceção do grupo África Negra, e desde o início da década dos oitenta, a música popular de São Tomé não tinha sido lançada em qualquer outro lugar fora das ilhas. As bandas locais editavam apenas cassetes com a sua música, que foi considerada mais que suficiente para um lugar tão pequeno. Sobre a aquisição dessa música, além dos clipes que estão nos sites web, só pode fazer-se nas lojas de discografia étnicas especializadas de lá ou em Lisboa. Sim, a produção musical é essencialmente local mas com sinais de internacionalização. Como tem sido as recentes participações de alguns grupos como Os Untues , Juka, João Seria, Tino Burinda, Kalu Mendes, Gilberto Gil Umbelina, Sangazuza, Pepe Lima, Camilo Domingos, Trio Tempo e Filipe Santo, em espectáculos no Brasil, na Suíça e na Alemanha, entre outras. Na actualidade a música são-tomense funde-se com a música da Europa e do mundo.

“Hoje em dia a música tradicional
são-tomense renasce como outra
abordagem como música contemporânea:
os músicos não têm fronteiras”…


O melhor exemplo o tem um músico contemporâneo como Filipe Santo. No seu repertório musical podem escutar-se sons misturados que passam pelo o batuque, bossa nova, sem esquecer o acervo são-tomense e seus tradicionais estilos, sem perder a sua essência de base. Além de que este músico tem outra banda chamada União Lusófona, formada por músicos africanos, portugueses e brasileiros, na qual tocam desde puita, bulaue e até fado.

O facto de que os músicos são-tomenses tenham sido influenciados pela música doutros lugares do mundo e enquadrem os seus instrumentos com os deles, tem promovido a interculturalidade entre os países, uma retroalimentação que fez com que, por exemplo, Martinho da Vila, um músico brasileiro, tenha num dos seus álbuns uma música tradicional são-tomense Tira a Mão da Minha Xuxa, que já tinha sido interpretada pelo grupo Os Untes; ou que a puita, que é uma música feita com batuques à beira da fogueira, fosse tocada com piano. O que não quer dizer que o piano vá tirar a essência da puíta. Nem que São Tomé deixará de tocar os seus géneros musicais tradicionais de raiz, só pelo facto da introdução de novos instrumentos. Isto representa uma inovação com base na essência musical do seu país e aumenta a difusão das tradições e da cultura dessas terras de sonho.

Para maiores informações:

http://www.lusoafrica.net/v2/index.php?option=com_content&view=article&id=50&Itemid=208
http://www.saotome.st/index.php
http://www.stptourism.st/
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/sao-tome-e-principe/sao-tome-e-principe-3.php
http://www.culturapalopsportugal.com/category/sao-tome-e-principe/page/3/
http://acbia.wordpress.com/2010/01/04/el-conjunto-africa-negra-sao-tome-principe/
http://www.afromix.org/html/musique/artistes/gapa/gapa-xi-nome-mu-ca-sa-lopa.pt.html
http://www.youtube.com/user/amor1m

Imagens:
http://1.bp.blogspot.com/_4KjiXr1ScXA/TGVnk16O8qI/AAAAAAAACp8/MUeaxaDgaoI/s320/untues02.jpg
http://luciomagano.files.wordpress.com/2009/03/madalena-meu-amor_.jpg?w=192&h=190
http://lh6.ggpht.com/martamarquesgomes/R87CBrFdBqI/AAAAAAAACGQ/F4IyPyCn-Dc/HPIM0382_thumb%5B2%5D

Os Negócios e o Marketing do Futebol de Portugal

Posted by Revista Presença Lusitana | | Category: | 0 comentários


por Eduardo Rangel

Muitas das coisas que podem ser superficiais ou que simplesmente para alguns não têm alguma lógica, para outros é do mais importante. Assim, podemos falar de futebol, que não só é um jogo onde onze pessoas (por cada equipa) seguem uma bola. O futebol tem-se colocado nas preferências da população não só portuguesa senão mundial, onde cada vez mais pessoas gostam dele e aqui é onde os grandes especialistas de futebol entram; por quê? Porque o futebol é um grande negócio, tão grande que agora representa os principais investimentos para a economia.

O Futebol como negócio

O futebol agora vê-se como um negócio, mas o que é um negócio? Para que seja mais fácil o negócio é a forma ou as actividades para obter dinheiro em consequência de oferecer bens ou serviços. Então, o futebol não só nos oferece uma grande paixão, ou um grande jogo senão uma grande variedade de artigos para o apoio e o consumo, ou seja, que a simples forma de fazer negócio no mundo do futebol é toda a grande variedade de artigos oficiais.

Os tres grandes clubes portugueses são: o Porto, regista lucros anuais de 130 milhões de euros; o Benfica regista 122 milhões de euros; e o Sporting regista 120 milhões de euros.

Os jogadores como negócio

Uma coisa importante do negócio é vender e das melhores formas para vender é que aquilo que se oferecer seja de muita qualidade. É por isto que agora, os jogadores não só são vistos como uma grande ajuda para a equipa senão um grande investimento que em curto prazo gerará frutos. O futebol português, ultimamente tem sido convertido num grande investimento para os jogadores, pois, tem gerado uma grande estabilidade mundial; os jogadores que são vistos como negócio são aqueles que deixaram grandes ganhos na equipa, assim podemos falar de alguns jogadores portugueses: Luis Figo, Ricardo Carvalho, Luis Nani, Pepe, Deco e o famosíssimo Cristiano Ronaldo.

Os jogares como negócio é, agora, parte fundamental das estratégias para assim chegar à finalidade última do negócio: criar um cliente, ou neste caso, criar um fã da equipa.

O Marketing

O marketing são as acções do mercado com os negócios para um melhor posicionamiento dos bens ou serviços. Para poder falar do marketing no futebol é necessário explicar os 4 P’s do marketing, os quais podem ser definidos como a combinação de elementos que compõem as actividades do marketing; estou a falar de Product, Price, Promotion, Place ou seja, cada uma de estas será parte importante da colocação do bem ou serviço.

Face à constante necessidade de angariar novas receitas através da publicidade, os directores de marketing dos clubes estudam e programam alternativas inovadoras para venderem os espaços de publicidade, na tentativa de maximizar as receitas do seu negócio desportivo. Quer baseados em práticas de venda utilizadas noutros desportos, quer implementando novas práticas, o objectivo é sempre o mesmo, a venda de espaço publicitário.


O Marketing para o futebol português

Qué tanto se necessita de marketing dentro de um país onde o futebol é o mais importante? Pois sim, indireitamente utiliza-se um marketing tão normal que as pessoas não tem consciência, ou seja, tudo o que é o futebol não precisa de um tipo de apresentação, vende-se só. Portanto a melhor maniera para se vender e fazer marketing são os jogadores, artigos oficiais e as publicações na internet e nos jornais. Mas, o envolvimento dos adeptos com os seus clubes através do seu website, pode considerar-se medíocre. Os adeptos portugueses continuam a consultar mais vezes os jornais desportivos diários do que os sites dos seus próprios clubes.

Alguns dos métodos do marketing no futebol português:

• Bebida Oficial
• Carro Oficial
• Marcas representando um jogador
• Marcas para toda a roupa
• Páginas WEB
• Videojogos

Sensibilizar o torcedor, criar-lhe uma identidade, encontrar nele uma paixão, as vontades, a confiança; vender com a ilusão da realidade são ideias de marketing do futebol português.

O futebol é uma competição física e mental entre empresas, onde sempre se procura ser o número um, o qual traz grandes benefícios. E agora pode-se dizer que o futebol é como uma nova religão, onde sempre há um beneficio por trás da imagem.

“Clubes com vitórias, torcedores contentes, negócio rentable”

domingo, 8 de maio de 2011

RECONSTRUÇÃO NACIONAL DE ANGOLA

Posted by Revista Presença Lusitana | domingo, 8 de maio de 2011 | Category: | 0 comentários



por Adnan Raúl Meza Maciel

O fenómeno social denominado guerra, é um acontecimento extremamente antigo na história de Angola, como vocḝs lembram, Angola, sofreu uma guerra civil (1975 - 2002). A questão das mortes e a destruição não é, infelizmente, a única sequela da guerra, embora seja a mais evidente, e penosa; desintegração social e económica. Para virar a imagem é assim que Angola apresenta a sua nova realidade ao mundo: “todos a trabalharem hoje, para todos crescerem juntos amanhã.”
Um novo país. Mais dinâmico e seguro, com estabilidade política, militar e económica, Angola está a viver o momento de toda a sua história. A guerra faz parte do passado. O país reorganizou-se para dar início ao seu processo de reconstrução.
Luanda, a capital de Angola, reúne as características de uma cidade com grande potencial de desenvolvimento. Inúmeros prédios estão a ser erguidos em vários pontos da capital. Restaurantes e bares estão a servir os mais variados e sofisticados pratos da culinária, nacional e mundial. Diversos produtos alimentícios e electrónicos já são encontrados no comércio de Luanda. A moeda esta a ganhar força, As províncias do extenso território nacional angolano também estão a desenvolver-se, ampliando a infra-estrutura necessária para construir uma forte nação.


Apesar do esforço do governo, Angola tem muitos problemas possui um índice de pobreza do 70%, acesso à água potável apenas o 50% e de analfabetismo em homens de 17,9% e 46,2% em mulheres (2003).
Porém, Angola poderia ser uns dos países mais ricos por que tem muito petróleo e muitos diamantes No entanto, uma parcela significativa dos lucros a partir desses dois recursos foram dedicados a uma sangrenta guerra civil que durou mais de 27 anos.


No México aconteceu o mesmo porque qualquer reconstrução de um país é muito difícil pelas guerras, revoluções, catástrofes naturais e usando o exemplo do México, quando sofreu o terremoto em 1985, a reconstrução foi a coisa mais difícil. O país teve que se levantar, construir edifícios, habitação, infra-estruturas e relançar o comércio, resultando assim nesse tempo, um governo que poderia trabalhar mais e com maior honestidade e eficiência, agora como Angola está a enfrentar uma pressão social organizada e consciente pela gente, o governo de Angola está fazendo e trabalhando para a gente.


http://www.spainexchange.com/guia/AO-gastronomy.htm
http://jornaldeangola.sapo.ao/
http://www.angonoticias.com/