sábado, 9 de outubro de 2010

A primeira República Portuguesa

Posted by Revista Presença Lusitana | sábado, 9 de outubro de 2010 | Category: |

A fundação da República em Portugal apresentou-se como uma das mudanças  mais importantes na história desta nação. Um processo longo cuja base de movimento supõe-se desde a criação do Partido Republicano em 1876.  O colapso da Monarquia percorreu ao longo do último decénio do século XIX e o começo do XX; as profundas crises do Estado e a falta da solução de problemas políticos e sócio-económicos foram o detonante que veio Instaurar a primeira República Portuguesa em 1910.

A análise da República vai além de uma simples perspectiva de nova política do poder. Significa um marco importante na história moderna portuguesa, pois deu-se a construcção do Estado contemporâneo Português.

Naquela altura do reinado de D. Carlos I de Portugal o movimento republicano arranjou força a partir de finais da década de 1890 com uma série de movimentos que iam no sentido de ideias democráticas e de liberdade, tudo contra a monarquia.  A história da República faz referência a uma organização segreda masónico-republicana melhor conhecida como “a carbonaria” integrada pelos pequenos burgueses e pessoas do governo com facções radicais. Assim como de um integrante, o jovem Alfredo Costa, desta organização que assassinou o rei Carlos I com a intenção de projetar o fim da Monarquia e instaurar as ideias democraticas e de liberdade; pudendo ficar registado e instaurado um novo sistema político que fosse regido pelo  Império da Lei e não de uma pessoa neste caso o Monarca.

Os republicanos lutaram por protegerem os direitos fundamentais e as liberdades civis dos cidadãos, o interesse de um governo legítimo erigido pelo mesmo poder do povo. Mas para que este movimento tivesse força era necessário ter a ajuda popular, e sobretudo o descontentamento contra a coroa; rapidamente surgiu o apoio do povo e de importantes sectores da burguesia comercial, industrial e agrícola, a resistência foi mínima. o conjunto de erros vieram reforçar o espírito de mudança: endividamento e inflação, difíceis condições de vida, greves nas indústrias, muitas dificuldades económicas e mesmo a crítica da imprensa à Monarquia fizeram  que em 3 de Outubro de 1910 a revolta republicana estalasse, o governo de D. Manuel II não  pôde reunir tropas para dominar ameaça a tal determinação mais de 200 revolucionários lançaram-se à resistência redefinindo em conjunto a proclamação, tinha nascido a República, um dia glorioso.

Dentro da história portuguesa, 5 de Outubro de 1910 é uma data para o progresso da liberdade, foi o começo das transformações institucionais, fazendo assim um Estado Novo; mas houve inúmeros atentados e crises governativas  nos 16 anos da Primeira República, no entanto marcou o início da história moderna de Portugal.

Dánia Rodríguez González.


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