sexta-feira, 5 de novembro de 2010
A Guitarra
Posted by Revista Presença Lusitana | sexta-feira, 5 de novembro de 2010 | Category:
ACORDES [4]
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Já falámos do Fado, também da Senhora Amália Rodrigues, quem foi a maoir das fadistas conhecidas até agora, mas é tempo de falarmos da grande companheira do Fado e de Amália, a guitarra portuguesa.
A guitarra portuguesa é o instrumento musical mais representativo da cultura do país ibérico, é a representação, é sinal e um símbolo de identidade reconhecido pelo mundo, sendo o que mais se aproxima do sentimento lusitano do povo português, sobretudo pela aplicação que tem no acompanhamento do Fado.
Alberto Pimentel, jornalista e ensaísta português, disse no seu livro “Fotografias de Lisboa” escrito em 1874, que “Para interpretar o Fado, nenhum instrumento tem mais jeito que a guitarra. Está costumada a cantar tristezas desde a mais remota antiguidade e além disso fala tão baixinho que não chega a incomodar os grandes, os felizes, os opulentos. É quase uma criança que chora ou uma mulher que suspira. Impressiona e não atordoa. Faz-se ouvir, mas não se impõe”
De sua origem, temos seu antecedente directo desde a Idade Média que é a Cítara pela semelhança nas representações iconográficas. Também é semelhante ao alúde, que foi introduzido pelos árabes à península ibéricas porém as características dos dois instrumentos são distintas.
No princípio, a guitarra portuguesa somente era um instrumento utilizado nos altos salões da alta burguesia, tempo depois, chegou as mãos do povo, para se tornar, até como hoje a conhecemos, um instrumento popular português. A guitarra é construída com madeiras importadas desde a Idade Média, são fabricadas com “pau-sano” ou com pinheiro de Flandres, além disso, como disse Pedro Cabral, quem actualmente é um dos melhores tocadores de guitarra, “A grande diferença entre uma boa guitarra e uma má, feitas exactamente com a mesma madeira está na mão do construtor”
Existem três tipos de guitarra portuguesa: a de Lisboa, a do Porto e a de Coimbra, com diferentes tradições de fabrico. A de Lisboa é a menor das três, com caixa baixa arredondada e é a que possui o som mais «brilhante». A de Coimbra é maior, com o corpo assumindo uma forma mais aguçada. A do Porto é semelhante com a de Lisboa. Uma das principais diferenças reside na cabeça da guitarra: a de Coimbra possui uma lágrima incrustada, enquanto que a de Lisboa apresenta um caracol.
Da década de 40 até hoje, fez-se pouco para modificar os aspectos essenciais da construção da Guitarra, verificando-se no entanto uma gigantesca evolução nas técnicas de execução e no reportório, o qual passou das simples “guitarradas” acompanhadas à viola, para verdadeiros solos de concerto e peças orquestrais com a guitarra em posição solística de destaque.
A partir da década de 70, as verdadeiras incursões pela música erudita contemporânea, com utilização pontual de meios electro-acústicos e de manipulação electrónica dos sons da Guitarra Portuguesa.
A guitarra portuguesa é o instrumento musical mais representativo da cultura do país ibérico, é a representação, é sinal e um símbolo de identidade reconhecido pelo mundo, sendo o que mais se aproxima do sentimento lusitano do povo português, sobretudo pela aplicação que tem no acompanhamento do Fado.
Alberto Pimentel, jornalista e ensaísta português, disse no seu livro “Fotografias de Lisboa” escrito em 1874, que “Para interpretar o Fado, nenhum instrumento tem mais jeito que a guitarra. Está costumada a cantar tristezas desde a mais remota antiguidade e além disso fala tão baixinho que não chega a incomodar os grandes, os felizes, os opulentos. É quase uma criança que chora ou uma mulher que suspira. Impressiona e não atordoa. Faz-se ouvir, mas não se impõe”
De sua origem, temos seu antecedente directo desde a Idade Média que é a Cítara pela semelhança nas representações iconográficas. Também é semelhante ao alúde, que foi introduzido pelos árabes à península ibéricas porém as características dos dois instrumentos são distintas.
No princípio, a guitarra portuguesa somente era um instrumento utilizado nos altos salões da alta burguesia, tempo depois, chegou as mãos do povo, para se tornar, até como hoje a conhecemos, um instrumento popular português. A guitarra é construída com madeiras importadas desde a Idade Média, são fabricadas com “pau-sano” ou com pinheiro de Flandres, além disso, como disse Pedro Cabral, quem actualmente é um dos melhores tocadores de guitarra, “A grande diferença entre uma boa guitarra e uma má, feitas exactamente com a mesma madeira está na mão do construtor”
Existem três tipos de guitarra portuguesa: a de Lisboa, a do Porto e a de Coimbra, com diferentes tradições de fabrico. A de Lisboa é a menor das três, com caixa baixa arredondada e é a que possui o som mais «brilhante». A de Coimbra é maior, com o corpo assumindo uma forma mais aguçada. A do Porto é semelhante com a de Lisboa. Uma das principais diferenças reside na cabeça da guitarra: a de Coimbra possui uma lágrima incrustada, enquanto que a de Lisboa apresenta um caracol.
Da década de 40 até hoje, fez-se pouco para modificar os aspectos essenciais da construção da Guitarra, verificando-se no entanto uma gigantesca evolução nas técnicas de execução e no reportório, o qual passou das simples “guitarradas” acompanhadas à viola, para verdadeiros solos de concerto e peças orquestrais com a guitarra em posição solística de destaque.
A partir da década de 70, as verdadeiras incursões pela música erudita contemporânea, com utilização pontual de meios electro-acústicos e de manipulação electrónica dos sons da Guitarra Portuguesa.
Francisco De La Cruz.
"Guitarra"
Madredeus
Quando uma guitarra trina
Nas mãos de um bom tocador
A própria guitarra ensina
A cantar seja quem for
Eu quero que o meu caixão
Tenha uma forma bizarra
A forma de um coração
A forma de uma guitarra
Guitarra, guitarra querida
Eu venho chorar contigo
Sinto mais suave a vida
Madredeus
Quando uma guitarra trina
Nas mãos de um bom tocador
A própria guitarra ensina
A cantar seja quem for
Eu quero que o meu caixão
Tenha uma forma bizarra
A forma de um coração
A forma de uma guitarra
Guitarra, guitarra querida
Eu venho chorar contigo
Sinto mais suave a vida
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