O Nobel de Literatura  é um prémio literário concedido anualmente desde 1901. É atribuído a um autor de qualquer nacionalidade que, de acordo com as palavras do próprio Alfred Nobel, criador da distinção, tenha produzido, através do campo literário, o mais magnífico trabalho em uma direcção ideal, a obra inteira desse escritor, os seus principais livros, a sua mentalidade, o seu estilo e as suas filosofias, não distinguindo uma obra em particular.

Em 8 de Outubro de 1998 José Saramago (o único Prémio Nobel português) estava na Feira do Livro de Franquefurte quando ele recebeu a notícia de ser o novo Prémio Nobel de Literatura. 

As primeiras palavras que pronunciou foram para agradecer à Academia Sueca a atribuição do Prémio Nobel de Literatura. Agradeceu igualmente aos seus editores, tradutores e leitores.

A todos tornou a agradecer. E também aos escritores portugueses e de língua portuguesa, do passado e aos de hoje: “...é por eles que as nossas literaturas existem, eu sou apenas mais um que a eles se veio juntar”. Disse naquele dia que não tinha nascido para isso, mas que isso lhe tinha sido dado. “Bem hajam portanto”.

No seu discurso Dom José Saramago falou sobre os seus avós Saramago disse: “o homem mais sábio que conheci na vida toda não sabia ler nem escrever (...) muito depois, anos mais tarde, escrevendo pela vez primeira sobre os meus avós, tive consciência de que estava mudando as pessoas comuns em personagens literários e que essa foi a maneira de não as esquecer ”.

Dom José Saramago também disse: “Agora sou capaz de olhar com clareza quem foram os meus mestres na vida, os que mais intensamente me ensinaram o duro ofício de viver”.

Para muitos de nós, Saramago é um homem muito sábio, uma pessoa, um personagem literário que nunca esqueceremos, aquele que nos dá uma maneira diferente de ver a realidade, um mestre de vida.
 

Deixo-vos um link para poderem ler o discurso de José Saramago.
http://www.josesaramago.org/images/folheto_discursos_saramago.pdf

O GREF.